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Comissão Política da Frelimo falha a comunicação dos pré-candidatos à cabeças de lista – modelo centralizado de nomeação está obsoleto

A Comissão Política da Frelimo falhou ontem o anúncio dos nomes dos pré-candidatos a cabeças de listas para as próximas eleições autárquicas, as sextas desde a transição para a democracia, as quais terão lugar a 11 de Outubro deste ano.
Ontem, o Gabinete de Imprensa da Frelimo convidou as redações a enviarem um repórter para uma conferência de imprensa onde Ludmila Maguni, a Porta Voz do partido, iria falar após uma sessão da Comissão Política. A agenda dessa sessão era a nomeação dos pré candidatos.

A Conferência de Imprensa de Maguni estava foi marcada para às 15 horas, mas só pelas 22 horas é que os jornalistas que se deslocaram à Escola Central do Partido Frelimo foram informados que ela já não falaria e que as listas dos pré candidatos serão divulgadas pelos Comités Provinciais “nos próximos” dias.

“O processo tem que retornar às províncias. Então, as províncias é que serão responsáveis por anunciar quem serão os candidatos que irão concorrer nestas eleições”, afirmou Maguni, sem avançar datas em que tal irá acontecer e muito menos o número de pré-candidatos selecionados.
Durante todo o tempo de espera, ontem, aos jornalistas não foi dada qualquer informação sobre o processo, numa tremenda falta de respeito para com a classe.

Os 19 membros da Comissão Política devem ter escolhido, ontem, a dedo, 195 nomes, 3 para cada uma das 65 autarquias, os quais serão posteriormente levados à votação nas bases, num processo que se espera renhido nalgumas municipalidades, enquanto noutras os actuais incumbentes vão passear sua classe.

Segundo um membro de proa da Frelimo, o adiamento do anúncio pode ter tido origem em divergências insanáveis quanto aos nomes preferidos por cada um dos 19 para as 65 autarquias.

As cidades de Maputo e Matola podem ter dividido preferências individuais dos membros, cada um puxando para candidatos da sua esfera de influência, de compadrio ou mesmo de partilha de negócios do Estado.

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